sexta-feira, 14 de julho de 2017

MULHER É TORTURADA E EXECUTADA A TIROS EM FORTALEZA; HOMEM É PRESO

Um homem foi preso por raptar, torturar, matar e enterrar Wládia Acácio de Sousa, 30, que estava desaparecida desde o dia 2 de julho deste ano e teve o corpo encontrado na última quarta-feira (12), em uma região de mangue do bairro Vila Velha, em Fortaleza.

Equipes do 7º DP (Pirambu), da Polícia Civil, investigavam o caso desde o desaparecimento da mulher, denunciado por familiares. Na última quarta (12), a investigação apontou para a autoria de Francisco Victor Menezes Acácio, 19. Os policiais foram até a residência do suspeito, na comunidade do Coqueirinho, no bairro Colônia, e efetuaram a prisão dele.

Francisco Victor confessou o crime e disse onde havia ocultado o cadáver. Após procurar pelo corpo de Wládia no Parque Leblon, na semana passada, e no mangue da Barra do Ceará, na manhã de quarta (12), ambas as diligências sem sucesso, a Polícia localizou o cadáver no mangue do Vila Velha, próximo à uma localidade conhecida como ´Favela do Gafanhoto´, em uma cova rasa, na tarde de anteontem. O Corpo de Bombeiros precisou ser acionado para retirar o corpo da lama.

Segundo o titular do 7º DP, delegado Paulo André Cavalcante, o corpo tinha sinais de tortura, com uma orelha cortada e o cabelo raspado, e pelo menos, quatro perfurações causados por disparos de arma de fogo, sendo duas na cabeça, uma no peito e outra na região pubiana.

Motivação

Em depoimento à Polícia, o suspeito, que é membro de um grupo criminoso envolvido com o tráfico de drogas, afirmou ter descoberto que a vítima estava passando informações sobre ele para uma quadrilha rival, que disputa o território para venda de drogas na Área Integrada de Segurança (AIS) 8. "Ele (Victor) disse que ela (Wládia) estava passando informações acerca dele para outro pessoal. Ele pegou o celular dela e viu. Eram grupos rivais, de comunidades diferentes. Ele é do Coqueirinho e ela, do Cristo Redentor", detalhou o delegado Paulo André.

Apesar de confessar o crime, Victor contou uma versão que não corrobora com as provas colhidas na investigação. De acordo com o delegado, Wládia não tinha envolvimento com o crime e não ficou explicada qual a relação que o suspeito tinha com a vítima, para ela passar informações sobre ele.

A Polícia Civil acredita que Victor tenha agido com a ajuda de outra pessoa, para raptar, torturar e esconder o corpo da vítima, mas o assassino nega. Durante a investigação do desaparecimento e do assassinato de Wládia, o irmão de Victor, José Carlos Menezes Ferreira, de 25 anos, também foi preso por policiais do 7º DP, ao ser encontrado portando uma arma de fogo, no último dia 9 de julho. No entanto, a Polícia ainda não encontrou indícios que José Carlos tenha colaborado com o irmão.

Francisco Victor foi autuado por homicídio e tortura. "Vamos representar pela prisão preventiva dele e trabalhar para identificar os outros envolvidos", finalizou o delegado.


Fonte: Diário do Nordeste

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