terça-feira, 14 de junho de 2016

FACILITAÇÃO AO TRÁFICO DE DROGAS: FISCAIS INVESTIGADOS DEVEM SER DEMITIDOS, DIZ SEFAZ

A Secretaria da Fazenda do Ceará (Sefaz-CE) afirmou, em nota, que os dois fiscais investigados pela Polícia Federal (PF) por facilitar a entrada de drogas no Estado devem ser demitidos. O Diário do Nordeste publicou, na edição de ontem, que dois servidores do órgão são alvos de uma apuração da PF acusados de terem cobrado propina de R$ 30 mil para permitir, em 2014, a passagem de um caminhão com duas toneladas e meia de drogas oriundas do Paraguai.

A carreta foi parada no Posto Fiscal da Sefaz, em Aracati, no dia 22 de setembro de 2014. Na ocasião, os servidores solicitaram a documentação da carga. Ao fazer uma vistoria, descobriram que além de gêneros alimentícios, o veículo transportava uma carga de maconha, avaliada, à época, em mais de R$ 2 milhões.

Conforme o processo, que tramitou na 12ª Vara da Justiça Federal, em Fortaleza, para liberar o caminhão os fiscais exigiram a quantia de R$ 30 mil, ao invés de acionar a Polícia.

A quadrilha de narcotraficantes era vigiada por agentes da PF, que prenderam o bando, em um galpão, no bairro Barroso, Grande Messejana.

De acordo com a Sefaz, assim que tomou conhecimento do caso, ainda em 2014, solicitou cópia das informações contidas no inquérito da PF. A partir da análise desse material, "determinou a suspensão, da atividade do trânsito de mercadorias, dos dois servidores investigados, para a fase de sindicância interna".

O órgão afirmou, ainda que a Comissão que atuou na sindicância interna concluiu pela abertura de Processo Administrativo Disciplinar (PAD), "já que o conjunto probatório contido na sindicância indicou a possibilidade de aplicação da sanção de demissão". No entanto, a Sefaz esclareceu que o PAD deve ser instaurado pela Procuradoria Geral do Estado (PGE). Além do procedimento administrativo, contra os dois servidores foi instaurado um inquérito na Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), da PF.

Paraguaio

Todos os seis acusados foram condenados a mais de dez anos de prisão. Um dos integrantes da quadrilha de traficantes internacionais, o ex-policial paraguaio Pastor Florêncio Cabral Gimenes, fugiu misteriosamente, em março deste ano, da Unidade Prisional Agente Luciano Andrade Lima, antiga Casa de Privação Provisória de Liberdade I (CPPL I). Ele era o elo entre o dono da droga e o chefe do bando, o paranaense David de Oliveira Gongalves, o ´JJ´ ou ´DVD´.

O paraguaio, que continua foragido, escapou junto com outros assaltantes de bancos e traficantes de drogas. Dos seis réus sentenciados, um fugiu, quatro cumprem pena na antiga CPPL I e outro na Unidade Penitenciária Francisco Hélio Araújo Viana, em Pacatuba.


Fonte: Diário do Nordeste

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