sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Relatório da Comissão da Verdade de SP sustenta que JK foi assassinado

Para a Comissão Estadual da Verdade, de São Paulo (CEV/SP), o ex-presidente da República Juscelino Kubitschek foi assassinado pela ditadura militar. A conclusão, divulgada nesta quinta-feira (11), contradiz a versão apresentada pela Comissão Nacional da Verdade (CNV), em abril deste ano, de que Juscelino morreu em acidente de carro.

Para a CNV, o ex-presidente Juscelino Kubitschek e seu motorista, Geraldo Ribeiro, não foram vítimas de homicídio. Eles morreram em decorrência das lesões causadas pela batida entre o Opala que transportava o presidente e um caminhão Scania, que vinha no sentido oposto da Rodovia Presidente Dutra, local do acidente, no município de Resende (RJ), em 22 de agosto de 1976.

Embasada por relatório preparado por uma equipe de mais de 20 professores e pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Presbiteriana Mackenzie, a CEV/SP enfatiza que “a investigação da Comissão Nacional da Verdade sobre o caso JK é de baixa qualidade técnica, em razão do que ignora, em razão do que escolhe arbitrariamente analisar e em razão do que escolhe arbitrariamente concluir”.

As investigações, segundo a CEV/SP, abrangeram desde as ameaças de morte sofridas pelo ex-presidente até a alteração do veículo e a não preservação do local do acidente para perícia. Também houve, segundo a comissão, tentativa de pagamento de suborno ao motorista do ônibus, que fechou o carro em que estava o ex-presidente, antes que viesse a colidir com o caminhão. “Houve adulteração do local, houve adulteração do posicionamento dos veículos, houve o bloqueio a qualquer registro idôneo (…), houve tentativa de comprar confissões (…), houve perícia em automóvel, que não é o do ex-presidente”, diz trecho do relatório.


Fonte: Agência Brasil via MISÉRIA

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