terça-feira, 3 de junho de 2014

CEARÁ É RECONHECIDO INTERNACIONALMENTE COMO ZONA LIVRE DE FEBRE AFTOSA COM VACINAÇÃO

Canindé. Membros da Comissão Científica da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) confirmaram a recomendação para reconhecimento internacional do Ceará como Zona Livre de Febre Aftosa com Vacinação. A recomendação foi feita pelos auditores da comissão durante 82º Sessão Geral da Assembleia Internacional de Delegados da Organização Mundial de Saúde Animal em Paris na França na última semana.

A recomendação vale, ainda, para os estados de Alagoas, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Região Norte do Estado do Pará.

Para o secretário de Desenvolvimento Agrário do Ceará, Nelson Martins, a conquista pelo Ceará do status de Zona Livre de Febre Aftosa com Vacinação permitirá grande impulso na atividade econômica da agropecuária cearense, pois ampliará o comércio de animais e material genético com outros Estados. "Além disso, impulsionará as feiras e exposições agropecuárias do Ceará. Os produtos de origem animal estão certificados, vindos de rebanhos saudáveis e que poderão ser comercializados com os certificados de qualidade, sem colocar em risco a saúde dos consumidores", comemora Nelson Martins.

O Ceará possui um rebanho bovino de 2.614.517 cabeças e de 1.875 bubalinos, totalizando 2.616.392 animais, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e já é um grande exportador de material genético de ovinos e caprinos. Segundo Nelson Martins, o Estado também detém excelentes plantéis de bovinos das raças Gir, Girolando e Guzerá. "No Cariri também há grandes matrizes genéticas de Nelore'', frisa o secretário. "Os produtores poderão exportar não só os animais como também os produtos de sua origem, como carne, leite e seus derivados de pele'', disse Nelson.

Ele ressaltou que essa análise positiva da auditoria é o resultado da seriedade das ações do Governo do Ceará, que conseguiu o envolvimento da iniciativa privada, representada pelos criadores e a indústria frigorífica. Na sua avaliação, esse reconhecimento internacional fechará um ciclo e abrirá outros.

"Fechará o ciclo da meta que buscamos por tantos anos, de conquistar a zona livre de febre aftosa, mas abrirá novos desafios sanitários, que serão agregados às nossas atividades", disse.

O secretário frisou que o reconhecimento internacional também aumenta a importância e responsabilidade do trabalho da SDA, que agora terá reflexos em todo o País. "O nosso compromisso deixará de ser com a defesa sanitária animal do Ceará, para ser do Brasil, pois qualquer foco de febre aftosa comprometerá o status sanitário do País inteiro", complementou.

O governador Cid Gomes publicou em sua página na rede social que a erradicação da febre aftosa é fundamental para que o Estado possa movimentar seus produtos entre fronteiras. Essa credencial, conquistada não após 40 anos, mas há mais de 200 anos, premia o esforço cotidiano. "Faz anos que se tenta isso, que se persiste na vacinação, conseguindo percentuais de cobertura sempre além do que é exigido. O status de área livre de febre aftosa com vacinação é o reconhecimento do esforço coletivo de pecuaristas, criadores, afinal, são eles que adquirem as vacinas e imunizam seus rebanhos. Para eles vai o grande mérito. O Estado tem sido só um incentivador para que, finalmente, se chegasse a um entendimento'', diz o governador.

"Agora os criadores de bovinos e bubalinos poderão voltar a comercializar os animais e as matrizes genéticas de seus rebanhos para qualquer estado brasileiro e países europeus", comemorou ele. O Brasil é o maior produtor mundial de carne bovina. No Ceará, no entanto, a criação é voltada para produção de leite. O índice de vacinação animal contra a Febre Aftosa em maio de 2013, alcançou 94,25%.


Diário do Nordeste Antônio Carlos Alves Colaborador

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